The Good Fight, Fleabag, Unbelievable, Watchmen, Evil e Succession são algumas das séries presentes na lista.
Parece que em 2019 o mundo das séries voltou a entrar nos eixos, especialmente após o final desastroso de Game of Thrones. Dezenas de ótimos seriados foram ao ar no percurso de 12 meses, mas é nosso dever reduzir a lista a um número sensato e 20 parece ser mais do que o suficiente, não?
Desta vez, não trazemos uma lista ranqueada; os títulos estão por ordem alfabética. Dito isto, peço que aproveite a relação e se deixou alguma passar, por gentileza, retifique este erro no início da próxima década. Obrigado.
Better Things (FX)
Terceira Temporada
A cada temporada, se prova superior à Louie em todos os sentidos. E é uma narrativa precisa sobre ser mãe solteira hoje.
BoJack Horseman (Netflix)
Sexta Temporada
A série mais humana da TV/streaming continua sendo uma animação estrelada por um cavalo humanoide.
Chernobyl (HBO)
Contar a história de uma tragédia que todo mundo conhece mas de maneira visual e narrativa tão eficiente que você esquece que sabia dela.
Documentary Now! (IFC)
Terceira Temporada
O melhor documentário do ano é uma série de falsos documentários, que por sinal ofereceu o melhor musical do ano (certamente não você, Tom Hooper).
Evil (CBS)
Primeira Temporada
Arquivo X encontra O Exorcista, mas com o tom crítico, relação com o mundo real e o deboche oriundos do universo de The Good Wife/Fight dos Kings.
Fleabag (BBC 3/Amazon Prime Video)
Segunda Temporada
A série que fez mais pelo cristianismo do que a própria religião em 2019. Also: a maior história do amor do ano, protagonizada por duas irmãs.
GLOW (Netflix)
Terceira Temporada
Sororidade, humanidade e histórias de mulheres reais.
Mindhunter (Netflix)
Segunda Temporada
Suspense, tensão, personagens obcecados, serial killers e bela fotografia. Tudo o que a gente espera de algo dirigido e produzido por David Fincher.
Russian Doll (Netflix)
Primeira Temporada
É puro entretenimento, engraçada, com boas atuações, além de transbordar criatividade, especialmente se levarmos em consideração o arquétipo da narrativa de reviver o mesmo dia de novo e de novo. Não sei se funciona com mais de uma temporada, mas viveremos para descobrir.
Sex Education (Netflix)
Primeira Temporada
Quem diria que dá para escrever sobre adolescentes e sexo sem qualquer clichê e subvertendo a fórmula?
Star Trek: Discovery (CBS All Access)
Segunda Temporada
Uma narrativa bem escrita, com desenvolvimento de personagens, fan service e que chega a algum lugar. Dá vontade né, J.J. Abrams.
Succession (HBO)
Segunda Temporada
Dá pra fingir que é a quarta temporada de Arrested Development decente que nunca tivemos.
The Crown (Netflix)
Terceira Temporada
O poder da narrativa é fazer com que a gente se importe com algumas das pessoas mais brancas e mais privilegiadas do planeta.
The Good Fight (CBS All Access)
Terceira Temporada
A temporada de TV mais arriscada, maluca, política e divertida do ano.
The Marvelous Mrs. Maisel (Amazon Prime Video)
Terceira Temporada
Às vezes você só precisa relaxar e The Marvelous Mrs. Maisel é esse tipo de série. É leve, é bem dirigida, com diálogos velozes e interpretações inspiradas. É simplesmente fácil de assistir.
Unbelievable (Netflix)
São duas séries em uma, que no fim se conectam. E ambas são excelentes. O pesadelo de ser uma vítima de violência sexual de um lado, e as dificuldades de duas detetives em uma investigação envolvendo mulheres violadas. É pesado, necessário e feito com a devida cautela e sensibilidade que a temática pede.
Undone (Amazon Prime Video)
Primeira Temporada
A ambiguidade entre o fantástico e o delírio é o que faz de Undone um retrato sensível e diferente de tudo o que já vimos sobre doenças mentais na TV recentemente.
Watchmen (HBO)
Um exemplo de como pegar uma obra original e aprimorá-la em outro meio. A série respeita o espírito da HQ, mas avança com suas próprias questões que conversam com o nosso mundo atual. Watchmen subverte o gênero de super-heróis (seja no cinema, na TV ou até mesmo nos quadrinhos), lida com problemas reais, em especial o racismo e a ascensão dos supremacistas brancos. São várias histórias e gêneros dentro de uma só obra e é lindo o que Damon Lindelof faz aqui, ousando em narrativa e visual. Alan Moore deveria estar orgulhoso.
What We Do in the Shadows (FX)
Primeira Temporada
Mais um exemplo de como pegar uma obra original e aprimorá-la em outro meio. É o tipo de comédia pura, sem nenhuma pretensão, que precisávamos na TV.
When They See Us (Netflix)
Ava DuVernay entrega sua obra-prima aqui ao contar uma história real sobre cinco adolescentes negros que foram presos injustamente por conta de um crime que nunca cometeram. O verdadeiro crime deles é a cor da pele. Tudo o que é corriqueiro ainda hoje é estampado nos quatro episódios, seja na brutalidade e parcialidade policial, o pesadelo no cárcere, ou a dificuldade de ser reinserido na sociedade após período na prisão. É angustiante, é de partir o coração, é pesadíssimo, é de chorar por dias. Mas é o nosso retrato como sociedade.
Menções honrosas: Veronica Mars, Tuca & Bertie, Pose, Years & Years, Veep, The Act, State of the Union, Jane the Virgin, One Day at a Time, Superstore, Crazy Ex-Girlfriend, PEN15, Ramy.
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