Melhores Games de 2016

Uncharted 4, Overwatch e Battlefield 1 estão na lista dos jogos mais marcantes do ano passado.

Após eleger os melhores filmes, séries, clipes e discos, o Previamente finaliza as listas dos melhores do ano na cultura pop com a entrega da relação dos 10 games mais marcantes de 2016. Confira abaixo.

10. Pokémon GO

Um fenômeno que desceu quase tão rápido quanto subiu, mas ainda capturou a atenção o suficiente para figurar nesta lista. Pokémon GO criou uma revolução nos jogos mobile que obrigou o jogador a fazer algo inusitado para conseguir desfrutar do jogo: sair de casa. Para quem estava em coma, a fórmula do jogo consistia em fazer o que a franquia faz de melhor: pegar todos. O jogador sai de casa em busca de Pokémons na rua, numa mistura louca de aventura e realidade aumentada. Juntando a nostalgia dos primeiros 151 monstrinhos que conquistaram a geração dos anos 90 e 2000 com a fórmula nunca vista antes, GO elevou a marca Pokémon ao topo e até sua mãe jogou.

Disponível para iOS e Android.

pokémon go - mapa e captura

9. Forza Horizon 3

Forza Horizon 3 não reinventa o gênero em que se encontra, porém utiliza muito bem as ferramentas que seu enquadramento permite. Tudo o que havia disponível na franquia até aqui é aprimorado. O mapa é gigante, a seleção de carros é vasta, as opções musicais são diversas, o modo online está pontual e a jogabilidade está ainda melhor. Dentro de suas possibilidades, Forza Horizon 3 entrega um jogo impecável para os fãs do gênero.

Disponível para Xbox One e PC.

forza-horizon-3

https://www.youtube.com/watch?v=vD1ccSM9qiA

8. FIFA 17

Assim como Forza Horizon 3, FIFA 17 também não inventa a roda. Porém, consegue aprimorar seus controles, tornando a jogabilidade cada vez mais próxima do real, seja na hora de cobrar um pênalti, bater um escanteio ou fazer um gol (está cada vez mais difícil, confie em mim). O que mais chama atenção no game, contudo, é seu modo história, batizado como “A Jornada”. Com isso, o jogo abre a possibilidade para um novo modo em games esportivos. Com uma boa duração, a modalidade une narrativa com múltipla-escolha do jogador (no mesmo estilo de produções da Telltale) e utiliza os recursos do esporte e das partidas de forma precisa.

Disponível para Xbox One, PS4 e PC.

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7. Inside

Do mesmo desenvolvedor de Limbo, Inside também é um jogo puzzle, num formato bem básico: você só consegue ir adiante se conseguir resolver o problema do momento, pulando pra cá, puxando pra lá, se escondendo ali, etc. Enquanto a jogabilidade é bem simples (mas requer paciência em alguns momentos, é verdade), o mistério em torno da história é o que mais atrai. A direção de arte é belíssima e dá o tom soturno que permeia todo o game, o que também é notável nos acontecimentos em geral e nas mortes — não é qualquer jogo que põe uma criança como protagonista e a dilacera na boca de cães. Com uma trama instigante e revelações bizarras, Inside é um jogo peculiar e acima da média — caso contrário não estaria aqui, não é mesmo?

Disponível para Xbox One, PS4 e PC.

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6. Tom Clancy’s The Division

O prêmio de melhor TPS do ano vai para Tom Clancy’s The Division. Numa mistura de tiro em terceira pessoa, com RPG e mundo aberto, o jogo que deixa de lado a pretensão de ser mais do que é: um game extremamente divertido e rico em detalhes, o que o torna denso, mas sem prepotência. A história se sustenta bem, a jogabilidade é ótima e o modo online acompanha a qualidade do restante.

Disponível para Xbox One, PS4 e PC.

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5. Uncharted 4: A Thief’s End

Enquanto Metal Gear Solid V e Rise of the Tomb Raider foram os grandes blockbusters dos games de 2015, Uncharted 4 tomou pra si essa responsabilidade. E não fez feio. Exclusivo para PS4, o game possui uma grande narrativa (o roteiro poderia servir de exemplo para muita gente em Hollywood ver se aprende a escrever boas histórias), fazendo com que o arco dramático do personagem faça com que o jogador se importe com ele, não sendo apenas um passatempo enquanto as partes de ação jogáveis não acontecem. O jogo é superior aos seus antecessores em todos os quesitos possíveis, e o espírito de aventura e adrenalina nunca esteve tão vivo na franquia. Se antes era tido como uma cópia de Tomb Raider, hoje Uncharted superou a sua matriz.

Disponível para PS4.

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4. Final Fantasy XV

A volta de uma das sagas de maior importância na história dos games fez de 2016 um ano ímpar. Final Fantasy XV foi um projeto ambicioso, com foco em combate e em relações de amizade já estabelecidas, com um final impactante no estilo já muito praticado em no cinema porém pouco no mundo dos jogos. A enorme expectativa foi respondida com uma obra que acabou deixando um sentimento controverso nos fãs de longa data. Por um lado, os gráficos, o mundo, as batalhas e o carisma dos personagens foram impecáveis, por outro, a história atropelada, pouco detalhada e trabalhada fugiu completamente dos padrões da série, criando uma relação de amor e ódio, pois o que foi tão bom poderia ter sido bem mais.

Porém, tudo que se pode criticar como falha em Final Fantasy XV é em comparações com outros títulos da série. Em se tratando da indústria como um todo, o game é excepcional e reacendeu a chama que praticamente sucumbiu aos RPGs ocidentais, mostrando tudo que os cristais podem fazer nas novas gerações, sem medo de arriscar, afinal, é um Final Fantasy para fãs e novatos e após um hiato tão grande, não era possível cobrar a perfeição. O jogo do ano, pelo menos moralmente.

Disponível para Xbox One e PS4.

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3. Firewatch

Firewatch é um jogo em primeira pessoa em que suas decisões moldam seus relacionamentos. Porém, é muito mais do que isso. De forma brilhante, Firewatch, apesar de curto, é uma experiência sensorial ímpar. Ao mesmo tempo em que a direção de arte é embasbacante, a narrativa cria um comprometimento entre o jogador e os personagens. O game se desenvolve de maneira inesperada, enquanto a abordagem é inteiramente adulta. O mundo dos games propõe produções de todos os tipos, com classificação livre até 18 anos (geralmente por conta de violência e palavrões), contudo Firewatch é um caso raro de jogo que trata o jogador de fato como um adulto através de seus diálogos — portanto, adolescentes não devem ter o mesmo entusiasmo do que pessoas mais “velhas”. A trama de Firewatch se destrincha com maturidade na relação em que trabalha e o faz de maneira pouco usual no mundo dos jogos. Contemplativo, misterioso e emocionante, Firewatch é como um bom livro, que logo após acabar você espera poder reviver a experiência.

Disponível para Xbox One, PS4 e PC.

firewatch

2. Overwatch

A grande sensação do mundo dos jogos em 2016 definitivamente foi Overwatch. A ideia era tão boa que não dava pra entender como nunca tinham feito algo semelhante de alto nível assim. A Blizzard uniu duas fórmulas consolidadas no meio: tiro em primeira pessoa (Doom, Counter Strike, e mais uma centena de games por aí) e personagens no melhor estilo League of Legends, com direito a skins, personalidades próprias, cada um com suas virtudes de jogabilidade particulares. É a receita para o sucesso. O jogo é divertido e há vários modos para se jogar online. Porém, talvez encontre certa limitação nesse quesito: só ser possível jogar com acesso à internet. O fato de não haver um modo campanha, tendo em mãos personagens com tanto potencial, fez com que Overwatch ainda ficasse devendo um tiquinho. Contudo, não tem como negar o grande feito da Blizzard: ter criado o grande hit do mundo dos jogos do ano passado.

Disponível para Xbox One, PS4 e PC.

overwatch

1. Battlefield 1

A Segunda Guerra Mundial costumeiramente é utilizada na cultura pop para se contar histórias. A Primeira, por sua vez, é deixada mais de lado. Felizmente, em uma sacada de gênio, a EA e a Dice resolveram viajar no tempo a um dos mais sangrentos confrontos da história da humanidade — calcula-se mais de 17 milhões de mortes e cerca de 20 milhões de feridos. Battlefield 1 desafia o jogador a sobreviver em um tempo em que a tecnologia não existia e apenas um mero tiro poderia lhe tirar a vida, já que as proteções eram bem precárias na ocasião — e isso é experienciado pelo jogador, tornando o game mais desafiador. É totalmente diferente jogar os demais games da franquia comparados a este, que possui uma roupagem própria, com uma ambientação perfeita da época em diversas partes do planeta. Por ser ambientado durante a Primeira Guerra Mundial, tudo parece mais bruto, até mesmo chocante. Tanto o modo história quanto as opções online são de tirar o fôlego e igualmente sensacionais. Battlefield 1 é espetacular em escala, história, gráficos e jogabilidade.

Disponível para Xbox One, PS4 e PC.

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Fizeram parte desta eleição:
Matheus Tillmann, Bruna Accioly, Douglas Vieira, Cristian Dutra, João Marcelino e Rodrigo Ramos. Foi utilizado também o site Metacritic como referência na votação.

Por Rodrigo Ramos, Matheus Tillmann & Paulo Henrique Testoni

 

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