Melhores Discos de 2016

Beyoncé, David Bowie, Frank Ocean e Nick Cave estão entre os melhores álbuns do ano.

Em 2016, a música perdeu grandes nomes. George Michael, Maurice White (fundador do grupo Earth, Wind & Fire), Glenn Frey (co-fundador dos Eagles), Sharon Jones, Prince, Leonard Cohen e David Bowie, entre outros. Em um ano em que a perda foi imensa, a dor foi o foco de diversos álbuns, desde a batalha contra o câncer até a perda de um filho. Porém, 2016 não foi marcado apenas por sofrimento. Cantoras tradicionalmente pop se reinventaram e encontraram-se em outros gêneros, enquanto dinossauros do rock homenagearam o blues e um cantor pop brasileiro produziu um álbum que serve de ode a uma das maiores cantoras contemporâneas da MPB. Também houve tempo para exaltar a raça negra, seja exibindo a cultura ou protestando contra a repressão policial e o preconceito.

Se o ano teve várias notícias que queremos esquecer, ao menos deixou um legado de, no mínimo, 20 grandes álbuns, dos mais diversos gêneros e vertentes. Confira abaixo a nossa seleção do que houve de melhor na música em 2016.

20. Carly Rae Jepsen — EMOTION Side B

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O álbum lançado em 2015 provou que Carly Rae Jepsen era capaz de produzir músicas pop de qualidade. Já a coleção com músicas que não entraram na versão de 2015 veio para confirmar a cantora como um sopro de ar fresco no mundo da música pop. Com influência dos anos 80, mas com um toque mais moderno, letras intensas, foge de fórmulas repetidas e melodias similares comuns no pop atual. Apesar de o álbum não ter sido reconhecido comercialmente, seu trabalho foi aclamado como um dos melhores lançamentos dentro do universo pop mesmo por quem não é fã e o melhor disso é que a própria Carly Rae Jepsen abraçou seu novo status. E mal podemos esperar pelo que vem pela frente!

Faixas de destaque: Higher / Cry / Roses.

19. Lady Gaga — Joanne

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Esse momento era inevitável. Para a maioria dos artistas pop que iniciam suas carreiras com hits estrondosos e vão alçando a popularidade, single após single, em algum momento tudo isso para e a direção musical dá uma guinada violenta. Agora com Joanne, Lady Gaga realmente deixou seus “Bad Romance” days para trás. Se você, assim como a gente, não aguentava mais ouvir a cantora recitando sua fórmula contando com vários Romas e Gagas (abrindo o parêntese aqui para dizer que, sim, já ouvimos muito a música na época e, sim, ainda gostamos dela, mas… tudo tem um limite, ok?), Joanne veio como um alívio sonoro na carreira da americana. Muita gente chiou e ainda está chiando, obviamente, esperando pelo momento em que Gaga voltará para a velha farofa bafônica para a próxima pista de dança. Isto é desmerecer demais a sonoridade country / folk / rock do novo disco, um ótimo fôlego para tantos hits pop que a cantora lançou até 2013 (quando, a partir de seu ARTPOP, a guinada musical começou a apontar). Adotar também um visual mais limpo, deixando um pouco de lado suas excentricidades, está fazendo um bem danado para essa nova fase de Gaga. O disco é realmente bom, dê uma chance (ou segunda chance) a ele.

Faixas de destaque: Sinner’s Prayer / Diamond Heart / Million Reasons.

18. Silva — Silva Canta Marisa

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O cantor foi dando pistas ao longo do ano, postando uma fotenha aqui com Marisa Monte, gravando especial para a TV a cabo com músicas dela lá… até que – , eis álbum novo, só com covers de Marisa Monte. E mais uma música inédita, composta em parceira com ela mesma e com sua participação na faixa. Apesar da releitura de Silva ter alterado de maneira significativa alguns clássicos da Marisa Monte, vale uma conferida justamente para abrir os ouvidos a uma interpretação nova. E o Silva estava inspirado.

Faixas de destaque: Noturna (Nada de Novo na Noite) / Infinito Particular / Tema de Amor.

17. Liniker e os Caramelows — Remonta

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Performático, feminino e masculino ao mesmo tempo, a imagem híbrida, camaleonesca, com quês de Ney Matogrosso e David Bowie, Liniker deixa qualquer um extasiado em seus shows.  Isso sem contar a grande qualidade musical de Liniker, não só pelo seu alcance vocal, mas pelos arranjos caprichados e, principalmente, as letras que rasgam a nossa carne e alma. Como não se identificar com a ferocidade nua e crua de “Zero”, ou com o lirismo, o sonho e a calma de “Sem Nome, Mas Com Endereço”? É música brasileira de máxima qualidade.

Faixas de destaque: Prendedor de Varal / Zero / Sem Nome, Mas Com Endereço.

16. Blood Orange — Freetown Sound

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Projeto musical de Dev Hynes, o Blood Orange é dono de um som intimista, muitas vezes etéreo, e te leva para uma dimensão particular, repleto de depoimentos que se mesclam entre uma faixa e outra, acompanhando o ritmo dançante e, muitas vezes, reflexivo. Um dado curioso: Hynes já compôs músicas para Sky Ferreira, FKA twigs, Florence + the Machine, Carly Rae Jepsen, The Chemical Brothers e Kylie Minogue. O rapaz não é fraco, não.

Faixas de destaque: Augustine / Best To You / E.V.P.

15. Charles Bradley — Changes

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É de alma que Charles Bradley se entrega à clássica canção do Black Sabbath, “Changes”, fazendo dela sua enquanto canta. Changes também dá nome ao disco; terceiro álbum da carreira do cantor americano e terceiro lançado pela respeitada Daptone Records. Os colegas de selo Menahan Street Band, The Budos Band e The Budos Band, apoiam a poderosa voz de Charles neste disco, enquanto ele vai do funk ao mais profundo e tocante soul. Changes é um disco que reclama a atenção do ouvinte a todo momento, tanto pela bela produção e qualidade dos músicos envolvidos nas faixas, mas principalmente pela forma Bradley canta com todo o coração, atingindo novos picos a todo instante.

Faixas de destaque: Changes / God Bless America / Things We Do For Love.

14. Wilco — Schmilco

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Despretensioso, assim como o seu antecessor Star Wars, Schmilco é o décimo disco da carreira dos norte-americanos do Wilco e um dos melhores lançamentos da banda nos últimos anos. Embora não tenham mais o lado musicalmente revolucionário dos seus discos do fim dos anos 90 e começo dos anos 2000 — que são grandes exemplares da melhor combinação de rock e arte –, eles ainda sabem fazer grandes canções. A dupla Jeff Tweedy e Nels Cline ainda é capaz de transformar em ouro tudo que toca e Schmilco é uma prova de que, até em seus momentos mais preguiçosos, o Wilco é uma das bandas mais geniais da música contemporânea com sua mistura de alt country e bom rock.

Faixas de destaque: Normal American Kids / Cry All Day / Someone to Lose.

13. Bon Iver — 22, A Million

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Se o psicodelismo tivesse uma definição atual, seria essa. Um disco completamente maluco, misturando a música eletrônica com viagens bacanudas. Até agora não deu pra entender o nome das músicas e de onde eles tiraram esses caracteres que no teclado aqui não existem. Doidera.

Faixas de destaque: 22 (Over Soon) / 45 / 10 (Death Breast).

12. Kanye West — The Life of Pablo

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Kanye West é uma figura, no mínimo, peculiar. Ele é capaz de fazer uma tempestade de porcaria no Twitter, pirar em seus shows, apoiar Donald Trump, até mesmo continuar a treta com Taylor Swift. Se isso beneficia sua música ou não, quem é que sabe? Com tantas controvérsias, incluindo sua internação devido a possíveis problemas psicológicos, a música de West às vezes fica em segundo plano — e não deveria. The Life of Pablo é mais um disco consistente do cantor, ainda que seja aquém do que ele já produziu no passado. Entre canções que exaltam a fama, o colocam em situações engraçadas (como o primo que lhe roubou o laptop e cobrou US$ 250 para devolvê-lo ou a camisa que manchou por causa do bronzeamento artificial de uma mulher com quem ele teve relações sexuais) e trazem um quê de misoginia (o rapper não é perfeito mesmo), West também se expõe. Católico, apesar de às vezes não parecer muito cristão, ele faz referências a Deus diversas vezes ao longo do álbum, com faixas dedicadas exclusivamente à temática gospel (!), algo que fazia alusão lá nos seus primeiros trabalhos. Também baixa a guarda e conta os lados negativos da fama, a exemplo de “Real Friends”, em que questiona quantas amizades verdadeiras ainda existem depois de que ficou famoso. The Life of Pablo tem seus pontos negativos, mas no final do dia são as virtudes de um monstro do rap que se sobressaem.

Faixas de destaque: Real Friends / Ultralight Beam / Famous.

11. O Terno — Melhor Do Que Parece

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O terceiro disco dos paulistanos do O Terno mostra uma banda um pouco mais madura musicalmente, investindo em canções mais diversificadas e menos pop. Letras divertidas, arranjos bem elaborados, um universo construído ao longo dos três discos que dá ao O Terno uma identidade muito própria, passeando pela psicodelia, tropicália, jovem guarda, mas sempre com uma característica muito particular.

Faixas de destaque: Culpa / Não Espero Mais / Melhor do Que Parece.

10. The Rolling Stones — Blue & Lonesome

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Os Rolling Stones estão firmes e fortes na ativa. Prova disso foi a enorme turnê em celebração dos 50 anos da banda, que rodou o mundo inteiro desde 2013 (dos EUA ao Japão, da França aos Emirados Árabes, de Singapura ao Brasil) até 2016. Sem lançar um álbum de estúdio desde 2005 (!), os dinossauros do rock passaram três dias gravando Blue & Lonesome. O disco é composto unicamente por regravações de blues. Tem faixas das décadas de 30 até os anos 50. Os caras mudam pouca coisa das versões originais, mas soam com frescor. A obra é um teletransporte às origens do rock e a banda parece mais entrosada do que nunca. O álbum também conta com as guitarras de Eric Clapton em duas faixas (“Everybody Knows About My Good Thing” e “I Can’t Quit You Baby”), além de ser o primeiro desde Dirty Work (de 1986) que Jagger não toca nenhuma guitarra, e também não conta com nenhum vocal de Keith Richards, o que não acontecia desde It’s Only Rock ‘n Roll (de 1974).

Faixas de destaque: Ride ‘Em On Down / Blue and Lonesome / I Can’t Quit You Baby.

9. Angel Olsen — My Woman

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My Woman, terceiro disco de estúdio da cantora-compositora Angel Olsen, talvez seja o disco mais acessível de sua discografia. Sucessor do elogiado Burn Your Fire for No Witness, de 2014, My Woman é uma obra intensa de uma artista que soa mais confortável com sua sonoridade. Variando do garage rock ao dream pop, a textura grunge do disco é uma impressão perfeita dos sentimentos viscerais que Olsen coloca em suas letras, como no refrão violento e duro “Shut up kiss me, hold me tight!” da faixa “Shut Up Kiss Me”. Com o avançar das faixas, My Woman vai deixando a violenta parede de guitarras distorcidas e dá lugar a um lado B mais intimista e introspectivo. Como na canção “Heart Shaped Face”, que soa uma faixa de Ok Computer gravada em uma garagem. Um disco intenso do começo ao fim.

Faixas de destaque: Sister / Shut Up Kiss Me / Intern.

8. Radiohead — Moon Shaped Pool

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O Radiohead volta depois de um bom tempo sem lançar algo novo. O álbum pode estar abaixo de grandes obras da banda, mas mesmo assim possui seus momentos. É uma certa volta do Radiohead a momentos mais calmos, soturnos e melancólicos, e menos eletrônico, formula que já o consagrou em OK Computer.

Faixas de destaque: Burn the Witch / Daydreaming / Desert Island Disk.

7. Solange — A Seat at the Table

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A cada lançamento novo, Solange mostra sua capacidade e seu crescimento dentro do mundo da música. Seguindo o lançamento do ótimo EP True, de 2012, ela retorna com um álbum poderoso, que num primeiro momento pode não agradar, mas que, ao ouvir com atenção, é impossível não ser conquistado pela história contada por ele. É cheio de emoção, incorporando dor, orgulho da cultura negra, exibindo as suas raízes, criando um dos álbuns mais profundos do ano, e não a toa, eleito como um dos melhores de 2016.

Faixas de destaque: Cranes in the Sky / Don’t Touch My Hair / Rise.

6. Leonard Cohen — You Want It Darker

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A despedida de uma das vozes mais poderosas da música é uma aula de melancolia. Mais um dos grandes que se foi neste 2016 e deixa marcado sua trajetória com um disco de adeus. Dá de sentir que a morte está ali, presente em cada palavra arrastadamente declamada. De chorar.

Faixas de destaque: You Want It Darker / Treaty / Steer Your Way.

5. Rihanna — ANTI

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A barbadiana que começou aos poucos, lá em 2005, com um pop bem sem vergonha (mas grudento e, por que não?, gostoso de ouvir), chega, 11 anos depois, no seu inverso mais dark e sensual. O que é ótimo, pois mostra exatamente essa elasticidade que o mundo exige tanto dos artistas atuais. Se o Loud de 2010, como seu próprio nome diz, gritava um bom e velho popzão para as pistas, ANTI pode até seguir a mesma linha, mas para pistas diferentes — bem diferentes. É refrescante ouvir Rihanna retorcer sua dicção, feito uma magia sonora, para encaixar no ritmo alucinante da já clássica “Work”. E o álbum em si é um som muito bem-vindo para a discografia da cantora. É um trabalho ousado e não-instantâneo. Demora crescer no gosto, mas quando cresce é absolutamente impossível não apreciá-lo. O projeto mais maduro, ousado e aclamado criticamente da artista merece todo o reconhecimento que recebeu desde o lançamento.

Faixas de destaque: Work / Love on the Brain / Same Ol’ Mistakes.

4. Frank Ocean — Blonde

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Blonde é um R&B bem good vibes, às vezes misturado a um pop psicodélico, às vezes um som minimalista, tudo o que o seu ouvido pode pedir para um dia cheio de problemas e estresses. A voz de Ocean é macia, em alguns momentos coberta por camadas de efeitos eletrônicos, em outros totalmente límpida. O álbum ainda conta com participações de Beyoncé, Kendrick Lamar, Andre 3000, e teve produção, além do próprio vocalista, de Pharrell Williams e Jamie xx. Talvez seja um disco muito discutido ao longo dos próximos anos. Enquanto isso não acontece, o que nos resta é saboreá-lo.

Faixas de destaque: Ivy / Pink + White / Nikes.

3. Nick Cave & The Bad Seeds — Skeleton Tree

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Beirando os 60 anos de idade, Nick Cave lembrou a todos nós em 2016 como a música tem um significado acima de qualquer outra coisa. Como a música é catártica, como ela vem de dentro e como ela é uma expressão emocional das mais puras que existem. Em um ano em que perdemos Bowie e Cohen, Cave lançou um disco e um documentário sobre o luto (motivado pela perda do filho) e nos fez lidar um pouco melhor com a mortalidade.

Faixas de destaque: Rings of Saturn / Jesus Alone / I Need You.

2. Beyoncé — Lemonade

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Foram necessárias quase duas décadas de sucessos (com as Destiny’s Child e em carreira solo) para Beyoncé deixar de ignorar os problemas vividos pelos negros nos Estados Unidos. Em um momento crucial na batalha pelos direitos humanos, em meio a violência policial e o preconceito de sempre, Lemonade tem um gosto delicioso. Está longe de ser um álbum altamente politizado de ponta a ponta — “Freedom” e “Formation” são as que tocam em tal ponto –, bem diferente do tom mais incisivo nesta questão adotado por Kendrick Lamar em To Pimp a Buttlerfly, o melhor álbum do ano passado. O disco, o sexto da carreira solo e o segundo conceitual, é uma experimentação para Beyoncé. Ela transita entre gêneros, debutando suas primeiras canções de rock (“Don’t Hurt Yourself”) e de country (“Daddy Lessons”), e faz colaborações com vários artistas renomados (Jack White, Frank Ocean, Kendrick Lamar, The Weeknd, James Blake, Father John Misty). Foram necessários 61 (!) compositores, sem contar os produtores, para moldar o trabalho mais bem acabado e interessante de Beyoncé. Poderia ter sido um desastre, mas a cantora toma os devidos cuidados para não se perder no meio de um trabalho tumultuado de gente. No fim das contas, Lemonade é acima de tudo um álbum sobre os sentimentos de Bey em relação ao maridão Jay-Z, desde as traições, as amantes (a Becky do cabelo ruim de “Sorry”), as mentiras e a vontade de fazer tudo diferente juntos (“Love Drought”), a lamentação pela situação em que a relação está, até o perdão (“All Night”). O álbum mostra que há versatilidade em Beyoncé, que definitivamente não é apenas uma cantora pop de singles chicletes. Ela é muito mais do que isso e Lemonade a põe no auge de sua carreira.

Faixas de destaque: Formation / Don’t Hurt Yourself / Freedom.

1. David Bowie — Blackstar

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Não há dúvidas de que 2016 foi um ano de perdas irreparáveis em todas as áreas da cultura pop. Nos últimos dias perdemos uma mãe e uma filha, Debbie Reynolds e Carrie Fisher, e dias antes se foi George Michael. Ao longo dos 12 meses, outros monstros da música como Prince e Leonard Cohen se despediram. David Bowie foi o primeiro a viajar para uma dimensão distinta, talvez o local onde realmente pertença, já que a Terra é careta demais para tanta excentricidade e imaginação. Em seu 25º álbum de estúdio, Bowie mostra que ainda tinha muito a contribuir para a música. Blackstar, por si só, já seria um grande disco, trazendo canções menos radiofônicas do que em The Next Day, deixando o puro rock um pouco de lado e trabalhando com mais elementos do jazz e dramaticidade. Porém, a obra cresce quando se ouve com a consciência de que Bowie fez de Blackstar seu epitáfio, seja estampado no encarte do LP, no vídeo de “Lazarus” ou nas entrelinhas de diversas faixas do disco. Mesmo batalhando há 18 meses contra um câncer que lhe tirou a vida, Bowie parece mais vivo do que nunca em cada faixa, se entregando ao máximo, algo que é notável na carga sentimental injetada nos versos, na (incrível) elasticidade de sua voz ou até mesmo nos longos solos de percussão e saxofone. Até o último instante, Bowie exibe versatilidade, sarcasmo e escreve uma incrível carta de despedida, uma obra devastadora e extasiante. Bowie em toda sua essência.

Faixas de destaque: Lazarus / Blackstar / Sue (Or In a Season of Crime).

Textos escritos por: 
Ewerton Mera (Joanne, Silva Canta Marina, Remonta, Freetown Sound, ANTI, Blonde)
João Marcelino (ANTI)
Lucas Paraizo (Schmilco, Skeleton Tree)
Igor Machado de Castro (Changes, My Woman)
Flávio Roberto Oliveira (22, A Million, Melhor Do Que Parece, Moon Shaped Pool, You Wanted It Darker)
Darlan Brandt (EMOTION Side B, A Seat at the Table)
Rodrigo Ramos (The Life of Pablo, Blue & Lonesome, Lemonade, Blackstar)

Fizeram parte desta eleição:
Igor Machado de Castro, psicologo e colaborador do Previamente.
Léo Telles Motta, supervisor musical, DJ e produtor de eventos.
João Marcelino, estudante de Jornalismo, assessor de marketing e comunicação da Uniplac e DJ.
Eliza Doré Milanezi, jornalista e assessora de comunicação.
Lucas Paraizo, jornalista, repórter do Jornal de Santa Catarina e colaborador do site A Escotilha.
Ewerton Mera, bacharel em Letras, mestre em Semiótica, professor de português e editor do blog Uma Estante.
Darlan Brandt, bacharel em Letras, estudante de Sistema de Informáticas e DJ.
Stefânia Enderle, jornalista, produtora de conteúdo e social media na RenauxView.
Dane Souza, publicitário e jornalista, editor e diretor do site Blumenews.
Flávio Roberto Oliveira, jornalista, sócio-diretor da Tac Filmes e produtor do Válvula Rock.
Rodrigo Ramos, jornalista, editor do site Previamente, repórter do Jornal O Navegantes.

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Produção, edição e texto de abertura por Rodrigo Ramos

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