O filme agrada mais os fãs, mas não deixa de entreter o espectador em geral
Depois do sucesso de A Batalha dos Deuses (2013), primeiro filme da franquia Dragon Ball em 17 anos, era certo que a Toei Animation iria continuar investindo nas animações dos Guerreiros Z. Sendo escrito e supervisado pelo autor da série original Akira Toriyama, a película, assim como a anterior, não decepciona os fãs e eleva o nível dos filmes da franquia, que não era lá muito alto antigamente.
A história começa com a Terra em paz, algum tempo após a batalha de Goku (Masako Nozawa no Japão, Wendel Bezerra no Brasil) e Bills (dublado por Kōichi Yamadera e Marcelo Pissardini), ao mesmo tempo em que os remanescentes soldados do vilão Freeza (Ryūsei Nakao, Carlos Campanile) encontram-se no espaço estudando uma forma de trazer seu falecido chefe de volta à vida, derrotado por Goku muitos anos atrás. O então líder da tropa, Sorbet (Shirō Saitō, Armando Tiraboschi), vem à Terra com seu soldado Tagoma (Kazuya Nakai, Fábio Azevedo) em busca das Esferas do Dragão para realizar o feito. Utilizado o desejo das esferas e a alta tecnologia desenvolvida pela tropa, o vilão renasce com sede de vingança.
O filme então segue com Freeza retornando à Terra e os Guerreiros Z fazendo o que podem para atrasar ele e seus soldados de destruírem o planeta até que Goku e Vegeta (Ryō Horikawa, Alfredo Rollo) cheguem de seu treinamento com Whis (Masakazu Morita, Felipe Grinnan) no distante planeta onde mora Bills. A animação consegue, no maior estilo do autor, mesclar com maestria cenas de luta com linhas de comédia, permitindo ao espectador vibrar com as batalhas e rir com as piadas quase que ao mesmo tempo.
Apesar de alguns furos na história, falha persistente de Toriyama já no próprio mangá, a película, apesar de ter um roteiro simples, agrada e é gostosa de assistir. Os fãs da série devem se deleitar na trama, enquanto quem não acompanhou a franquia de perto pode ficar perdido em alguns momentos. As cenas de batalha são de encher os olhos e não têm repetitividade, como é de costume na série original, trazendo ação de qualidade.
Outro destaque fica para a versão brasileira, totalmente composta pelo elenco original do anime no Brasil, que além de ter feito uma boa adaptação de forma geral, deixou todas as linhas cômicas do filme realmente engraçadas a quem assistiu, arrancando risadas de toda a sala em vários momentos.
O Renascimento de Freeza, apesar de alguns deslizes, traz aos seguidores antigos de Goku uma película que acrescenta e diverte, enquanto dá continuidade ao filme anterior, que fez o dever de renovar a geração de fãs para uma nova era da franquia. Quem não acompanhava a série e não está em plena adolescência atualmente, pode achar o longa-metragem um pouco desinteressante em alguns momentos, mas ainda assim é capaz de se entreter com a produção, especialmente se for apreciador de boas cenas de combate e de anime em geral.
Dragon Ball Z: Fukkatsu no “F”
Japão, 2015 – 93 min
Animação | Shōnen*
Direção:
Tadayoshi Yamamuro
Roteiro:
Akira Toriyama
Elenco:
Masako Nozawa, Ryō Horikawa, Kōichi Yamadera, Masakazu Morita, Mayumi Tanaka, Tōru Furuya, Takeshi Kusao, Jōji Yanami, Masaharu Satou, Yuko Minaguchi, Toshio Furukawa
*“Meninos”: Estilo de narrativa japonesa focada em combates e proteção das pessoas amadas, além de amizade e superação de poder, geralmente indicado para meninos adolescentes.
Melhor filme de 2015! Melhor filme de 2015! Melhor filme de 2015! Melhor filme de 2015!
O filme é tão bom que a Samira que nunca se interessou em assistir, depois que viu o filme, ela começou a assistir a série comigo. \o