Livro: Pode Beijar a Noite | Crítica

Kiss the bride, 2002
Autor: CABOT, PATRICIA
Tradutor: PEN, SULAMITA
Editora: ESSENCIA
Assunto: LITERATURA ESTRANGEIRA – ROMANCES

por Cynthia Badlhuk

Meg Cabot é autora das séries de sucesso “Diário da Princesa” e “A Mediadora”. Com pseudônimo de Patricia Cabot, a escritora norte-americana lançou seus primeiros livros na linha de romance histórico. O livro “Pode Beijar a Noiva” foi escrito em 2001, mas traduzido para o Brasil somente em 2011.

SINOPSE: Emma, personagem principal, é uma jovem que perdeu os pais quando muito nova. Devido ao acontecido, Emma tem um coração extremamente bom. Sempre está disposta a ajudar nas causas humanistas. Ela apaixona-se por Stuart, um jovem sem futuro promissor, mas que sonha em trabalhar para a igreja e para ajudar o próximo. Pela pobreza do rapaz, a família de Emma nunca aprovaria o casamento. Ela decide fugir e casar-se às escondidas. Porém antes de agir, revela seu segredo a James, o primo extravagante de Stuart. Escandalizado, James, um conde manipulador, tenta impedir o plano. Surra o noivo de Emma e conta os planos para a família da jovem. Mesmo assim, Emma e Stuart fogem. Um ano depois, ela fica viúva subitamente. Seu marido foi assassinado por um mal entendido e Emma recebe uma herança. Mas para conseguir colocar a mão no dinheiro, e sair da pobreza, ela precisa casar-se novamente, algo que ela realmente não quer. Quando o conde James fica sabendo que Emma está viúva, decide que dessa vez não irá perdê-la novamente. Ele decide conquistar Emma, tarefa dificultada pelas mágoas da própria moça e pelos rapazes que querem casar com a fortuna dela

Para os leitores de Meg, a obra surpreende por ser superficial. É um livro com poucos personagens e ainda são estereotipados. Emma é a mocinha que aparenta ser forte, decidida e doce, mas que na verdade precisa de atenção. James é o príncipe, durão, galanteador que vem para proteger Emma de todos os perigos.

A narrativa acaba sendo incentivada por um segredo que autora coloca no livro, cria expectativa, mas ao final decepciona ao revelá-lo. Os poucos detalhes históricos é outro desapontamento para quem lê o romance. Ela fala apenas em conde, barão e carruagem. A autora deixa a desejar nas descrições das roupas e lugares. Cabot também acaba enrolando em alguns acontecimentos e no final termina rápido demais. Esquece de explorar os acontecimentos paralelos.

O que faz lembrar que estamos lendo uma obra de Meg são as conexões que ela sabe criar entre o personagem e o leitor. Com coerência, ela leva os personagens aos lugares em que foram desenvolvidos valores sentimentais.

Para quem quer ler um romance fácil, envolvente e com uma leve pitada de erotismo é uma boa pedida. Mas não pense que Patrícia Cabot é a mesma que Meg Cabot. Com o passar do tempo, além de trocar o nome para assinar suas obras, Cabot conseguiu encontrar excelência para aliar ao seu talento.

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