The Walking Dead – 2×01: What Lies Ahead
EUA, 2011 – 64 min
Terror / Drama
Direção:
Ernest R. Dickerson, Gwyneth Horder-Payton
Elenco:
Andrew Lincoln, Jon Bernthal, Sarah Wayne Callies, Laurie Holden, Jeffery DeMunn, Steve Yeun, Chandler Riggs, Norman Reedus
The Walking Dead foi uma das surpresas do ano passado na televisão. Quando a série surgiu, nasceu a dúvida de como seria um seriado que tratasse sobre zumbis, algo inédito (até onde eu lembro, ao menos). A curiosidade a cerca disso era grande, especialmente quando Frank Darabont (dos ótimos À Espera de Um Milagre, Um Sonho de Liberdade e O Nevoeiro, todos baseados em livros de Stephen King) assumiu o controle da produção. A primeira temporada, apesar de curta (apenas 6 episódios, serviu como teste com o público), mostrou que era capaz de prender a atenção dos espectadores.
A volta da série era esperada, mesmo com um final de temporada muito abaixo do que foi o restante do primeiro ano. Na sua estréia, que aconteceu no Brasil na última terça-feira, exibido pelo canal FOX, The Walking Dead demonstra ter fôlego para manter o padrão que obteve no ano passado e agradar os fãs. Prova disso foi o recorde que a série quebrou, registrando a maior audiência da história da tv a cabo estadunidense, com 7,3 milhões de pessoas assistindo ao canal AMC, onde a série é transmitida por lá.
Este segundo ano retorna de onde a história parou. Os personagens continuam sua caminhada por Atlanta à procura da sobrevivência. Liderados por Rick (Andrew Lincoln), os sobreviventes tentam passar por uma rua, mas acabam presos por causa de vários veículos que bloqueiam a passagem e, em seguida, o trailer dirigido por Dale (Jeffrey DeMunn) acaba tendo um problema e eles precisam dar uma parada. Mas é claro que algo acontecerá nesta paradinha e um grupo de andantes aparece para dar fim ao sossego aparente.
Nesta brincadeira, a garotinha Sophia (Madison Lintz) é perseguida por dois andantes e Rick corre atrás deles para protegê-la. No meio dessa confusão, a menina se perde totalmente do grupo e desaparece. Com isso, o grupo de sobreviventes começa as buscas por Sophia.
Em uma hora de episódio, o episódio What Lies Ahead não proporciona grandes surpresas. O clima continua o mesmo. A trilha sonora é empregada corretamente, ajudando no clima soturno e também auxiliando na sensação de isolamento dos personagens. Há, em muitos momentos, silêncio. Nesta ausência de sons é que a história se desenvolve de verdade.
Não se preocupe, pois não falta tensão com zumbis, nem sangue e fugas. Nisso, a série se mostra competente, como já demonstrou anteriormente. O dedo de Darabont é inegável, especialmente nos diálogos mais delicados e mergulhados em sentimentalismo. Apesar de ser uma série de zumbis, The Walking Dead é tão interessante justamente porque vai além do conceito de terror. Ela é, além disso, um programa que trabalha amizade, companheirismo, medos, família e limites do ser humano. O tom dramático é o que faz da série uma das melhores atualmente.
Infelizmente, Darabont saiu da produção da série. O episódio de estreia possui roteiro dele e ainda há alguns episódios sob sua supervisão antes dele ter anunciado sua saída. Agora resta esperar e ver como as coisas irão proceder sem a presença do diretor no seriado. Iremos acompanhar, sem dúvida.