Festival está em cartaz em Balneário Camboriú entre os dias 2 e 8 de março, no Teatro Municipal Bruno Nitz.
Em meio a lançamentos de cinema pipoca como Cinquenta Tons Mais Escuros e Logan, e filmes do Oscar como La La Land: Cantando Estações, Lion e Moonlight, surge uma opção diferente, voltada para o cinema autoral de diversas partes do globo. Começa nesta quinta-feira (02) o IV Festival Internacional Lume de Cinema em Balneário Camboriú. Até o dia 8 de março, serão exibidas 21 obras, entre longas e curtas-metragens em disputa competitiva, e sessões especiais.
Com sessões diárias às 19h e às 21h, no Teatro Municipal Bruno Nitz, o festival se dá início com a exibição de um longa-metragem brasileiro, o drama Leste Oeste, dentro da mostra competitiva. O primeiro filme do diretor Rodrigo Grota venceu dois prêmios no Cine PE – Festival do Audiovisual no ano passado: melhor ator (Felipe Kannenberg) e melhor atriz (Simone Iliescu). Na trama, um ex-piloto retorna à sua cidade natal após 15 anos para disputar uma última corrida. Lá, ele se reencontra com o passado, incluindo uma antiga paixão, o patriarca da família, além de conhecer um jovem de 16 anos que sonha em ser piloto.
O segundo filme da noite é o argentino Caminho Para La Paz, em sessão especial, fora da competição. Assim como Leste Oeste, o longa hermano também é um trabalho de estreante, do diretor Francisco Varone, e já disputou prêmios em alguns festivais, como o de Chicago (EUA), São Paulo e Thessaloniki (Grécia), além de ter vencido o troféu de ator revelação no tradicional Festival Internacional de Cinema de Mar del Plata, na Argentina, em atividade desde 1954.
Inédito nos cinemas brasileiros, o longa narra a vida de Sebastián, um homem de 35 anos, apaixonado pela banda Vox Dei e seu antigo carro Peugot 505. Recém casado e precisando de dinheiro, ele começa a trabalhar como motorista particular. Um belo dia, um de seus passageiros, um idoso muçulmano, lhe propõe uma grande quantia em dinheiro para levá-lo de Buenos Aires, na Argentina, à La Paz,na Bolívia. O filme é descrito como um inesperado encontro entre culturas distantes, e também como uma odisseia de iniciação espiritual.
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Na sexta-feira (3), será a vez de experimentação cinematográfica, com um longa vindo do velho continente e outro da Ásia, ambos dentro da competição. Às 19h, o cinema grego ganha espaço com a película A Linha (Thread, em inglês, e Nima, na língua original). O filme é um thriller de fantasia, e tem como compromisso desafiar os valores da sociedade moderna, tratando de questões de memória, violência e a polêmica da esperança, trazendo em sua trama a relação de mãe e filho. Enquanto ela luta por liberdade política, ele refuta a herança deixa pela mãe.
Fechando a noite de sexta, às 21h, será a vez de The Wounded Angel (Ranenyy angel). A película cazaque, em coprodução com a Alemanha e a França, é composta por quatro histórias e tem no centro delas adolescentes que, no limiar de sua vida adulta, tentam construir sua própria realidade frente à violência e miséria de uma pequena aldeia abandonada no Cazaquistão. O drama foi laureado com o prêmio especial do júri no festival de cinema de Jeonju, na Coreia do Sul, e teve passagem também pelo festival de Taipei, em Taiwan.
Este é apenas o segundo filme do diretor Emir Baigazin, mas ele já conquistou respeito em festivais mundo a fora. Em 2014, venceu um prêmio no respeitado Festival de Berlim pelo projeto de The Wounded Angel. Em 2013, no Festival Internacional de Cinema de São Paulo, conquistou os prêmios do júri e dos críticos pelo filme Lições de Harmonia (Uroki garmonii), seu trabalho de estreia.
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As sessões acontecem às 19h e às 21h. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) por sessão e poderão ser adquiridos direto na bilheteria do Teatro Municipal, localizado na Avenida Central, esquina com a Rua 300, no Centro de Balneário Camboriú. A produção local é do Cineramabc, com apoio da Fundação Cultural de Balneário Camboriú e da Pousada Estaleiro Village.