Youtuber fala sobre Pokémon, sua viagem ao Japão e a responsabilidade ser um influenciador, em especial da causa LGBT.
Dia último dia 21 aconteceu em Blumenau uma das edições da turnê da Lubafest, o evento criado pelo YouTuber LubaTV. O Previamente esteve lá para conferir o show e, de quebra, batemos um papinho com a atração principal.
A Lubafest é um evento, como o nome sugere, criado pelo próprio Luba, apelido de Lucas Feuerschütte. Não é uma peça e nem uma palestra, é uma grande interação. Como o próprio fala no início do show, é uma maneira de ele se aproximar de seus fãs de uma forma mais próxima e pessoal. O segmento é como se fosse um grande vídeo do canal, só que ao vivo. Luba traz para o palco diversos elementos marcantes de seus vídeos, como as personagens Rogéria e Tia Gertrudes, a “bola”, o “frango”, e até mesmo sua própria mãe, apelidada de Tia Carminha pelos fãs, que também é marca registrada em seu conteúdo.
Luba interage com a plateia de diversas maneiras. Pedindo perguntas, convidando pra jogos e respondendo um ou outro grito que ouve ali. Em meio a tantas brincadeiras e, no bom sentido, besteiras, Lucas consegue trazer também uma série de mensagens positivas para seu público, como, por exemplo, a importância de estudar ou como pessoas tóxicas não podem ter espaço na vida de ninguém.
Para quem curte o conteúdo do Luba, a Lubafest é um prato cheio com sobremesa, afinal o evento é todo sobre o canal. Em meio a piadas e conversa séria, Luba prende seu público e entretém de forma em que uma hora passa voando.
Abaixo, você confere o nosso papo, cara a cara, com o Luba.
Previamente — A primeira pergunta que eu queria te fazer é uma pergunta um pouco mais séria. Percebo que tu tens uma influência muito boa sobre os jovens.
Luba — Uhum, obrigado.
Percebo assim porque… Bem, eu sou professor de inglês também. Tenho os meus alunos e eles são seus fãs. Percebo uma influência muito positiva. Um cargo de influenciador que você tem — não sei se você gosta desse termo ou não.
Cara, eu acho que é o termo mais adequado. Porque antes disso, qualquer pessoa que fazia qualquer coisa na internet era blogueiro né. Você tava fazendo vídeo, mas era blogueiro. Mas influenciador acho que é um termo mais adequado.
Exatamente. Percebo que você tem uma influência muito boa em relação ao público LGBT. No caso, como você é homossexual…
Quem disse? Aqueles (risos)
(risos) O teu público, ele aceita muito melhor homossexuais e a classe LGBT em geral, talvez, por tua influência. Como você lida com essa responsabilidade?
Cara, eu não gosto de ter [essa responsabilidade]. Eu não vou me atribuir todo o mérito. Eu acho que as gerações que estão vindo agora já estão vendo como algo mais natural. E a gente foi ensinado a ver como algo não natural, a ver como algo estranho. E eu acho que pelo menos eu tento contribuir um pouco pra esse lado. Eu não quero dizer que eu sou melhor ou pior que ninguém por ser homossexual, mas — eu até falei isso num vídeo com a minha mãe, pra normalizar, mostrar que não tem nada de diferente, que isso não define quem eu sou. Eu gosto de ir nesse caminho. Eu acho que contribuí um pouco pelo menos.
Você tem uma contribuição muito grande. Porque o teu canal não é com esse foco, não é um canal LGBT, como o Canal das Bee, por exemplo. É um canal para o público em geral e acontece que você é homossexual.
Sim, sim. Eu recebo direto comentários assim: “Nossa Luba, tu nem parece que é gay”. Mas tipo, o que é parecer gay?
Tu recebes muitos e-mails, mensagens, de pessoas que falam “ah, nossa, tu me ajudou muito”?
Sim, sim. A gente ainda recebe muitas dúvidas, sabe, “meu pai é pastor, o que eu faço?”, “minha mãe é muito religiosa, acho que ela não vai aceitar”, “acho que meus pais vão me expulsar de casa”, e tal. Em contrapartida eu recebo muitos tipo, “eu contei pra minha mãe que eu era gay com o teu vídeo com a tua mãe”, e um dos meus melhores amigos hoje foi assim. Então, isso é incrível né. Ontem [dia 20 de agosto], na Lubafest em Joinville, eu tava passando vestido de Rogéria e pedindo perguntas. Aí um rapaz assim: “Ah, tu manda um vídeo pra minha mãe falando pra ela que eu sou gay?”, tipo, na frente de todo mundo ali no teatro, aí eu peguei o celular e contei “teu filho é gay, alguém aqui tem algum problema com isso?”, aí todo mundo ali gritou “nããão”, então eu falei “então porque você teria?”. Foi bem legal, bem legal. Ele mandou o vídeo pra mãe já durante o show e no final do show ele me falou assim: “Minha mãe viu o vídeo, e respondeu assim: ‘eu te amo tá, meu filho’”. Legal, né?
Eu vi que num dos teus vídeos mais recentes que tu falas sobre K-Pop. E eu vi que tu tivestes uma reação bem engraçada e eu gosto, acompanho. Queria saber se tu chegastes a olhar mais coisas sobre ou não.
Sério? Cara, por enquanto eu vi bastante. O pessoal me mandou muitos grupos. Girlgroups também e tal. Fui colocando ali com base nas minhas reações, mas foi muito legal. Eu fui atrás de uma playlist no Spotify. De K-pop 2016-2017, 2015-2016, e fui adicionando dali tudo que eu ia gostando. As últimas, sei lá, quatro músicas da minha playlist é tudo de K-pop. São [músicas] muito animadas.
Qual é o seu Pokémon favorito?
Cara, assim, é muito tosco falar que é o Pikachu. É. Eu tenho vários Pokémon favoritos. A porta do meu banheiro, no meu quarto antigo era plotada dos meus Pokémon favoritos. Aí tinha o Gengar, tinha o Wartortle, tinha Typhlosion, que é da segunda geração, tinha o Lapras e o Espeon, Jolteon. Esses são assim os que eu quero sempre ter no meu time.
Você tem jogado Pokémon GO?
Com certeza. Acabei de colocar um lure aqui no PokéStop do teatro [Carlos Gomes, em Blumenau]. E gravei um vlog pra provar que sou a melhor pessoa.
Quando você sai pra jogar na rua, a galera não vai atrás de ti?
Ah, pode me seguir à vontade, pode caçar Pokémon comigo à vontade. Eu vou nos PokéStops lá de Tubarão [cidade natal dele] e sempre tem gente. Eu tiro foto e tal, e fico lá conversando de boa.
Sobre a viagem ao Japão, o que você mais gostou? E como se virou com o idioma?
[Não entendia] praticamente nada, na verdade. Meu vocabulário de japonês é dez palavras. Mas o pessoal lá é muito solícito. As pessoas, se elas não te entendem, elas vão puxar o celular pra você escrever em inglês e eles traduzirem depois. Eles são muito solícitos. O que eu mais gostei acho que foi a beleza interior e exterior. Eles são extremamente educados. Tu se sentes culpado pelo jeito como eles são educados. E a beleza externa também, eles cuidam muito de tudo. A natureza lá é muito bem cuidada, os templos são lindos, incríveis. Cada canto do Japão me encantou. Foi impressionante. A comida é muito boa, eu achei que eu ia me ferrar.
Como que tem sido a experiência com a Lubafest, pelo Brasil e, agora, em Santa Catarina, que é mais pertinho de casa?
Eu nunca tinha feito evento em Santa Catarina. Só a primeira Lubafest no ano passado, que foi aquele teste, mas a primeira Lubafest da turnê oficial, em Santa Catarina, foi em Joinville. E tem sido incrível, cara. A gente tem muita história pra contar. A Turma [nome dado aos fãs dele] tá gostando muito. A resposta deles, a vibe. Ontem o rapaz do teatro falou assim: “Já fiz tudo que é show aqui, mas nunca com essa energia, e não é uma energia chata, é uma energia que contagia”.
Eu sou mãe de una “turmênica”, super fã do Luba, acredito que ele se lembra dela(kkkkk), a Laiz, e adoro assistir os videos, que é uma forma de me aproximar do mundo dela…
Também conheci o Luba pessoalmente ( no YouTube fan festa, o ano passado) e ele é exatamente como nos canais do YouTube!!! Muito educado, simpático e fofo!!!!! Eu sei que ele influência a minha filha e adoro! A influência e positiva e transformou a vida dela!! Adorei a entrevista!!! Parabéns!!!!!
luba sou uma grande fã sua gosto muito dos seus videos sempre do muita risadas minha mãe não gosta muito de voce ela fala para mim por que voce fica vendo esse gay eu falo assim mãe ele pode ate ser gay mais gay não define o que ele é seu gosto de ver os videos dele deixa eu ver eu gosto eu me sinto bem com isso luba voce é incrivel
luba sou sua grande fã minha mãe não gosta muito de voce ela fala nossa por que voce fica assistindo esse gay eu falo assim mãe ser gay não vai definir ele luba voce é muito incriveu
Amooooo o LUBA melhor youtuber everrr