Chatô – O Rei do Brasil estreia nos cinemas em novembro e ganha novo trailer

Guilherme Fontes revela que o longa chega às salas de exibição no dia 19 de novembro

Chatô – O Rei do Brasil, o nosso Boyhood brasileiro, finalmente tem data marcada para chegar aos cinemas do país. Segundo revelou ao site da Folha de S. Paulo, o longa-metragem chega às salas de exibição no dia 19 de novembro.

Junto com o anúncio, também foi revelado um novo trailer, agora sim oficial e devidamente editado, diferente do vídeo que foi postado em maio no YouTube por Fernando Morais, autor do livro homônimo no qual o filme se baseia.

Fontes disse à Folha que a ideia de lançar o filme na mesma data em que estreia Jogos Vorazes: A Esperança – O Final, quarto e último filme da saga protagonizada por Jennifer Lawrence, é justamente para evitar que o seu longa seja “arrancado das salas” quando o blockbuster entrar em cartaz. O diretor não especificou, no entanto, quem fica responsável pela distribuição da película.

Chatô – O Rei do Brasil conta a história de Assis Chateaubriand, também conhecido como Chatô (interpretado por Marco Ricca) jornalista, político e empresário que nos anos de 1920 fundou os Diários Associados, grupo de mídia que engloba jornais, emissoras de rádio e de TV. Chatô foi o primeiro magnata das comunicações no Brasil e chegou a ser chamado de Cidadão Kane tupiniquim. Também fundador da TV Tupi e do Museu de Arte de São Paulo, foi senador da república e tinha uma relação próxima e polêmica com o então presidente Getúlio Vargas (interpretado por Paulo Betti no longa-metragem). A trama terá como ponto de partida o AVC sofrido por Chatô que, entre ilusão e sonho, começa a relembrar momentos da sua vida, com uma dose de surrealismo.

Chatô - O Rei do Brasil pôster

Entenda a conturbada história da produção

O longa começou a ser rodado em 1995, tendo duas etapas de filmagens, ainda na década de 90. Entre 95 e 99, o longa captou através da Lei Rouanet e Lei do Audiovisual o montante de R$ 8,6 milhões. Com correção monetária e acréscimo de juros, o valor chega a R$ 66 milhões.

No ano passado, em abril, o Superior Tribunal de Justiça começou a analisar um processo por suposta prática de improbabilidade administrativa pelo diretor Guilherme Fontes, por mau uso de recursos públicos captados para a realização do filme. A ação civil movida pelo Ministério Público Federal alega que a empresa do diretor recebeu R$ 51 milhões, em forma de isenção fiscal por patrocinadores, para realizar a obra, mas nunca havia concluído-a ou tampouco prestou constas de como foi utilizado o dinheiro.

Em novembro de 2014, o Tribunal de Contas da União condenou Fontes a devolver aos cofres públicos R$ 66 milhões e pagar multa de R$ 2,5 milhões pela falta de prestação de contas. O cineasta recorreu da decisão e aguarda julgamento.
No dia 15 de maio deste ano, foi divulgado, através do Diário Oficial da União, a classificação do longa-metragem, o que concretizava o fato de que o longa estava devidamente finalizado. O Ministério da Justiça recebeu a cópia e avaliou que a classificação indicativa da obra é de 14 anos, por conta de “conteúdo sexual, drogas ilícitas e linguagem inapropriada”.

O elenco conta com Marco Ricca, Andréa Beltrão, Paulo Betti, Leandra Leal, Letícia Sabatella,Gabriel Braga Nunes, Eliane Giardini, Ingrid Borgoin, Tatiana Monteiro, Nathália França, além dos já falecidos Walmor Chagas e José Lewgoy.

Por Rodrigo Ramos

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