Sexo, relacionamentos e política permeiam a minissérie da Globo
Uma série sobre relações com foco no sexo. Esse é o argumento principal de Feliz para Sempre?. Nenhum outro produto da Globo, com exceção do programa Amor & Sexo, aborda o tema com tamanha naturalidade. Sem amarras ou frases veladas, o tema está ali, assim como a nudez de seus protagonistas, algo com que os fãs de séries americanas estão acostumados a ver em tramas da HBO.
Brasília já chamava atenção nas chamadas da série. Ela e a política estão na subtrama, com corrupção, protestos e black blocks, o que pode lembrar Plano Alto (Record, 2014). A inspiração do autor Euclydes Marinho vem de sua própria obra, a minissérie Quem Ama Não Mata, exibida em 1982. Nela ele também retratava as vidas de casais de uma mesma família, só que atualmente os temas estão mais ousados, como a relação entre a garota de programa interpretada por Paolla Oliveira e Maria Fernanda Cândido, uma mulher casada com o dono de uma grande construtora. Ele também se relaciona com a personagem de Paolla.
Pela parceria com a O2 Filmes e direção de Fernando Meirelles, se apresenta um produto refinado em fotografia, trilha sonora e interpretações. Um dos recursos bem usados são as inserções na tela dos sms, ligações e outras interações dos celulares dos personagens. Mas, mesmo assim, o assunto mais comentado foi o bumbum de Paolla Oliveira. Porém, a atriz se apresenta bem, numa boa personagem e excelente interpretação. Muito mais do que uma bunda. A família Drummond segura bem a história, mas nem tanto o ibope. Os números oscilaram entre 16 e 17 pontos na Grande São Paulo. Outras atrações marcavam mais audiência, como os filmes da Tela Quente que antes da estreia registraram 24 pontos. Quando comparada com a sensação Amores Roubados, com seus robustos 33, o desempenho fica ainda mais modesto. Ainda assim, vale assistir!
A minissérie fica no ar na Rede Globo até sexta-feira, dia 6.