Para ver debaixo das cobertas, tomando chocolate quente, sozinho ou em casal

Por Rodrigo Ramos

O inverno está aí (quase indo embora, na verdade) e com ele a vontade de sair de casa para fazer qualquer outro tipo de atividade diminui. A estação é propícia para ficar no conforto do lar, tomando chocolate quente, comendo pipoca e assistindo a um bom filme debaixo das cobertas. Pensando nisso, elaboramos uma pequena lista com cinco filmes bem diferentes que cabem muito bem num dia de muito frio e preguiça – e caso você já tenha visto todos, é sempre bom revê-los.

O Diário de Bridget Jones (Bridget Jones’s Diary, 2001)

Direção: Sharon Maguire

Este é um filme que combina muito com a situação de muitos. Bridget Jones (Renée Zellweger) é uma mulher que está tendo problemas com sua idade, com o seu peso, seu trabalho e seus relacionamentos. Faz todo o sentido assisti-lo debaixo das cobertas porque ela é uma personagem que não tem medo de comer um pote de sorvete sozinha quando está deprimida. E convenhamos que no inverno, na solteirice, a deprê às vezes acaba pegando. Bridget é gente como a gente, e essa comédia romântica nos faz lembrar que todos temos chance de ser feliz, por mais que tenhamos defeitos e sejamos destrambelhados.

O Iluminado (The Shining, 1980)

Direção: Stanley Kubrick

Clássico do diretor Stanley Kubrick, baseado na obra de Stephen King, o longa de horror se passa num hotel no meio do nada durante um inverno rigoroso. Uma família resolve passar o tempo lá, sozinhos, para que Jack (Jack Nicholson) escreva seu novo trabalho. Mas é claro que isso não dá certo. O terror é tanto psicológico quanto visual. Tem calafrio de sobra e vários momentos para se esconder debaixo da coberta para não ver o que está acontecendo.

Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças (Eternal Sunshine of the Spotless Mind, 2004)

Direção: Michel Gondry

Você já gostou de alguém a ponto de querer apagar essa pessoa da sua mente para sempre? Pois é. Certamente uma vez na vida você, eu e todo mundo já sentiu isso. Baseado nesta ideia, Michel Gondry criou uma narrativa que mistura romance e ficção em que esse desejo pode se tornar realidade! Quando Joel (Jim Carrey) descobre que sua ex-namorada Clementine (Kate Winslet) passou por um procedimento para apaga-lo da mente, ele resolve se submeter pelo mesmo. Porém, enquanto suas lembranças vão sendo apagadas, ele as revê e começa a se questionar se ainda a ama e se vale a pena apagar as memórias. É melancólico, louco e romântico. Perfeito para se deprimir comendo uma panelada de brigadeiro.

Intocáveis (Intouchables, 2011)

Direção: Olivier Nakache, Eric Toledano

Philippe (François Cluzet) é um milionário tetraplégico e precisa de um auxiliar de enfermagem para ajudá-lo em suas atividades rotineiras como calçar um sapato até fazer a barba. Ele acaba contratando Driss (Omar Sy), um senegalês que não tem nenhuma experiência para o trabalho e ainda por cima passou os últimos seis meses na cadeia. Apesar de parecer improvável e de pertencerem a mundos completamente diferentes, os dois acabam se dando muito bem. A relação deixa de ser profissional e se torna afetiva, culminando em uma amizade verdadeira. O longa aborda as situações da condição do protagonista com sensibilidade e bom humor, além de mandar muito bem no desenvolvimento da amizade entre chefe e patrão. É um exemplo de “feel good movie”, que aquece os corações com boas sensações, assim como uma boa xícara de café.

Simplesmente Amor (Love Actually, 2003)

Direção: Richard Curtis

Por que se contentar com uma história de amor se você pode ter muito mais em um único filme? Simplesmente Amor celebra o sentimento através de oito narrativas diferentes perto do natal, em Londres – afinal, o inverno no hemisfério norte começa em dezembro. Contando com um elenco com nomes como Hugh Grant, Emma Thompson, Alan Rickman, Liam Neeson e até Rodrigo Santoro, o longa é divertido, engraçado, emocionante em alguns momentos e romântico em toda a sua essência. Perfeito para assistir agarradinho em casal.