Banda que lançou novo clipe nesta terça feira gosta de contar histórias sofridas de amor
Pare tudo o que você está fazendo agora e pesquise sobre o romance sombrio de Dom Pedro I e Domitila de Castro, ou Demonião e Titila, ou Meu Amor e Foguinh. Era assim que um dos imperadores mais “pegadores” e sua amante favorita, a Marquesa de Santos, se tratavam em suas fogosas cartas de amor. Domitila era uma jovem divorciada, que por despertar a paixão de Dom Pedro, foi nomeada Marquesa de Santos para viver dentro do palácio imperial, junto com ele. Não que o Pedrinho fosse muito fiel, ele era bem mulherengo, o que despertava um grande ciúme de sua amada.
As cartas dos dois apaixonados foi encontrada em Nova York, no ano de 2010, e publicadas em diversos livros. Mas o que mais nos chama atenção é o projeto musical inspirado nessas cartas. Quem fez isso? Uma banda gaúcha chamada Lítera, que dividiu em dois EPs essa louca e ciumenta paixão imperial. A Marquesa, lançado em 2013, e O Imperador, lançado em 2014, transformam toda aquela sua vontade de dormir nas aulas de história em um verdadeiro tesão para pesquisar sobre o amor avassalador e tudo que os cercou no Brasil Imperial.
Em A Marquesa, o EP que deu início ao projeto, quatro faixas se dividem em diálogos do casal, contada em forma teatral com vocal lembrando musicais que contam história dessa época, pelo vocalista André Neto. A Marquesa ainda foi responsável por dois clipes da banda. Um deles, “Domitila”, lançado em 2014, traz jogos de cores e visuais que nos remetem ao século XIX. O mais recente é o clipe “Bercy”, lançado na última terça-feira, que mistura uma história antiga com algo atual e uma bela atuação sofrida da atriz gaúcha Gisela Sparremberger.
Em O Imperador, segundo EP desse projeto, podemos destacar a regravação de “Os Amantes”, de José Augusto. A faixa arruma todos os problemas de arranjo da música brega e ressalta sua bela letra, não fazendo parecer que a música é lá da década de 60 e a deixando atemporal, podendo ser curtida por todos que realmente curtem falar de amor.
Como eles mesmos se intitulam, eles são dramáticos, não contam histórias clichês de amor, contam poesias, que se fossem romances publicados em livro te fariam sentar em um parque para devorar todas as histórias de amor contadas e muitas vezes escritas por essa talentosa banda gaúcha.
Assista aqui o último clipe da banda:
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