Cantor traz influências do rock dos anos 60 para suas letras poéticas
Nós nos permitimos pegar este avião chamado internet para mais uma vez deixarmos o som catarina e partir rumo à São Paulo. Dessa vez ficaremos na capital da garoa para falarmos “Depois do Café”. Não estou falando daquela bebida de gosto estranho e que as pessoas são viciadas. Refiro-me a uma música relaxante, meio John Lennon, meio Crosby, Stills, Nash & Young.
Em seu segundo álbum da carreira, intitulado Baseado em Fatos Reais, Fepa traz arranjos fortemente inspirados nos Mutantes, banda consagrada dos anos 60. Na faixa de abertura, “Revolução”, essa influência do rock antigo fica mais evidente no casamento perfeito dos instrumentos de cordas e de metais somado ao canto meio declamado de uma poesia triste sobre uma paixão não correspondida que pode causar uma revolução.
Com formação de filósofo, Fepa chega ao ápice do álbum com a faixa “Depois do Café”, em que o barbudo troca as frases clichês como ‘não vivo sem você’ ou ‘esse cara sem eu’ para citações inteligentes de Platão e Buda, na melhor faixa do disco.
Em mais uma faixa repleta de instrumentos, como sampler, pianos e mais um arranjo forte de metais, “15M” também não deixa nada a desejar e conta com a participação especial da rapper Brisa Flow, que falarei em um outro Previamente Indica da estrada. Essa faixa lembra a qualidade e a distribuição de “Presença”, da banda Skank e Emicida, em que o swing do hip-hop é fortemente presente.
Conheça o som de Fepa abaixo.
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