Compositor e cantor catarinense apresenta quatro encontros musicais intimistas repletos de poesia autoral; primeiro show será no sábado, dia 19 de julho, em São José.
O cantor e compositor catarinense Rafael Puerta inicia neste sábado (19), em São José (SC), uma série de quatro apresentações gratuitas do projeto Entre Milongas e Chamamés. Os shows, no formato voz e violão, propõem encontros intimistas com foco na música autoral e influências do folclore sul-americano.
A primeira apresentação ocorre às 19h na Escola de Oleiros, no bairro Ponta de Baixo. As demais estão marcadas para os dias 22, 24 e 31 de agosto, também às 19h. A programação completa está disponível no Instagram do artista (@rafaelpuerta__).
Nascido em Florianópolis, e criado em Urubici, na Serra Catarinense, o cantor conta que a relação dele com os dois gêneros musicais surgiu através desse contato com o campo e cavalos desde a infância e das vivências em festas típicas tradicionais da região. “Ao ouvir, passei a me identificar com a música gaúcha e logo após com os folclores argentinos, uruguaios, do cancioneiro sul-americano. Já a paixão pelas Milongas despertou quando ouvi o cantor Vitor Ramil, que muito me influenciou, pois, venho do frio e as minhas milongas também”, compartilha.
Puerta, que teve a honra de participar do maior festival de Chamamé do mundo, na Argentina, a ‘La Fiesta Nacional del Chamamé’ de Corrientes, em 2024, destaca a forte influência indígena, especialmente a Guarani com o gênero musical. “Há uma relação simbólica com as águas e os rios, e essa conexão também dialoga com a região de onde venho”, ressalta.
O projeto tem apoio do Governo de Santa Catarina, via Fundação Catarinense de Cultura (FCC), com recursos federais da Política Nacional Aldir Blanc.
Trajetória
Puerta é conhecido por mesclar filosofia, regionalismo e poesia em suas composições. Faixas como “Faca” e “Quisera Eu” figuraram em listas de melhores do ano, com destaque em festivais no Sul do Brasil e na Argentina.
Como integrante do grupo Rédea Solta, lançou os discos Frutificando e Efrata — este último eleito melhor álbum catarinense de 2015 e pré-indicado ao Prêmio da Música Brasileira. Seu trabalho já rendeu colaborações com nomes como Luiz Carlos Borges, Neto Fagundes, Alegre Corrêa e Françöis Muleka.
Em 2022, lançou o disco solo Eu Milongueiro e, desde então, apresentou os concertos Seis por Oito e Entre Milongas e Chamamés no Brasil e na Argentina. Em 2024, realizou turnês com apoio da Lei Paulo Gustavo e do Sesc-SC. Prepara agora seu segundo álbum.
Foto: Tóia Oliveira
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