Café Filosófico será sediado no Lote 84, com Fernanda Martins como ministrante.
Neste sábado (24) acontece o Café Filosófico no Lote 84, em Balneário Camboriú. A ministrante é Fernanda Martins e o evento inicia às 20h. Nesta edição, a discussão em pauta é: há segundo sexo?
Para participar, o investimento é de R$ 20. Ganham descontos de R$ 5 aqueles que fazerem doações de agasalhos, calças, sapatos e cobertores. O Lote 84 fica localizado na Rua Cruz e Souza, 84, na Praia dos Amores, em Balneário Camboriú.
Conforme cita a organização do evento, este é um dos assuntos mais importantes a ser tratado em nossa sociedade hoje. Confira o release oficial do evento abaixo.
No viés aberto por tal indagação, se há segundo sexo, parece urgente apontar desde logo que se essa questão é sequer proposta, é porque em algum sentido há sentido em pensar que há um primeiro sexo. Incluir as relações de gênero como representação de articulações simbólicas do imaginário humano é atentar-se aos atravessamentos político-sociais implicados e aplicados sobre gênero, sexualidade e desejo.
Questionar o inquestionável, considerar a própria pergunta elemento de subversão é apontar para as reproduções violentas do falocentrismo e sobre as marcas que materializam corpos em suas singularidades em que não existam sujeitos que constituam alguma origem. Se ainda cabe discussão sobre um, dois, primeiro, segundo ou terceiro, a pluralidade permanece na clausura das medidas. Portanto, aquilo se propõe para lugares abertos é aceitar “a tarefa [de] não celebrar toda e qualquer nova possibilidade como possibilidade, mas redescrever as possibilidades que já existem, mas que existem dentro de domínios culturais apontados como culturalmente ininteligíveis e impossíveis”.
Assim, discutir se há segundo sexo é provocar e tencionar as formações de linguagem que precedem os indivíduos e os inscrevem em determinadas posições na ordem simbólica; é provocar e tencionar a própria formação do sujeito do desejo e de refletir sobre aquilo que produzimos e reproduzimos sob a lógica da ausência de crítica. É, particularmente, abrir-se para alguma possível superação, subvertendo as formas hegemônicas de entender a humanidade e a sexualidade para além do dispositivo de poder.