Comic Con Experience (CCXP) 2015 | Primeiras impressões

Maior e melhor, evento de cultura pop se aprimora na segunda edição e mostra ter conquistado o público

Nesta quinta-feira (3), começou a segunda edição da Comic Com Experience (CCXP), em São Paulo, na São Paulo Expo. Idealizado pelo comandantes do site de entretenimento Omelete, o evento vem com a pretensão de se tornar o maior do gênero na América Latina. Pelo o que se viu neste primeiro dia, o objetivo deve ser alcançado em breve.

Mesmo sendo uma mera quinta-feira, ao liberar a entrada do público, ao meio dia, o espaço foi tomado rapidamente por milhares de fãs da cultura pop e nerd. Dentre centenas de expositores e stands, além de diversos painéis, separamos o que aconteceu de melhor neste primeiro dia.

Expositores

Em relação ao ano passado, o espaço aproveitado para expositores dobrou, ultrapassando com folga os 100 stands. Lojas de venda de HQs, livros, filmes, jogos, séries, artes, colecionáveis, bonecos, fantasias, tudo o que você pode imaginar. Mas também há aqueles focados em simplesmente mostrar o seu conteúdo, como é o caso de estúdios como a Warner, a Universal, a Fox, a Disney, a Marvel, e por aí vai. Cada um tem sua qualidade, seja distribuindo brindes ou com jogos divertidos, porém, dois chamaram mais a atenção do público.

O primeiro deles é o da Netflix, que aumentou em relação a 2014 e continua incrível. São várias as brincadeiras, seja de controle da mente (referência à Jessica Jones), posando para fotos – e resultando em um gif divertido com personagens das séries originais do serviço de streaming -, mas o mais bacana foi oferecer ao público a chance de cantar músicas referentes aos seus seriados. A mais cantada foi “What’s Up”, que rola no seriado Sense8, mas também teve quem preferiu “You Got Time”, faixa de abertura de Orange is the New Black.

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O segundo era o do jogo Just Dance 2016. Quem fosse desinibido o suficiente, poderia simplesmente subir no palco e dançar as faixas da nova versão do game, disponível para XBOX One e XBOX 360. Era notável a galera que se agrupava para assistir os outros dançarem, como vibravam com quem estava lá em cima e, em alguns momentos, até mesmo dançavam ali no chão.

Painéis

Neste primeiro dia, não houve grandes painéis. Entre homenagem a Ivo Holanda (sim, o das pegadinhas do Silvio Santos), a nostalgia com Steve Cardenas (o Power Ranger vermelho original), o mais relevante foi o painel da Sony Pictures, que de importante anunciou que Marcelo Adnet e Dani Calabresa serão dubladores da versão brasileira de Angry Birds – O Filme, animação que chega aos cinemas brasileiros em maio de 2016. Para fechar o dia, ainda teve o de Evangeline Lily (Lost, Homem-Formiga), que foi focado no livro infantil de sua autoria, Os Molambolengos.

Mais interessante foram os painéis paralelos, que aconteceram nos outros dois auditórios menores, como por exemplo um debate sobre a representação de gênero na cultura pop.

Alimentação

Como em qualquer evento, a alimentação continua sendo algo caro. Pagar mais de R$ 20 em um mero sanduíche dá um aperto no coração, mas não são preços fora da realidade. Neste ano, as opções também aumentaram. De tão grande que ficou, a organização teve de abrir um espaço fora de dentro do pavilhão para abrir alguns food trucks.

Confira nossa galeria da CCXP.

Filas

Como o fluxo de pessoas aumentou significantemente já no primeiro dia desta segunda edição, era impossível não pegar filas para absolutamente tudo. Desde um cafezinho, qualquer tipo de comida, stands, auditório principal, trafegar. O que nos faz pensar: se numa quinta já estava assim, imagina no final de semana!

Dica 1: se puder, vá nesta sexta-feira e escape da muvuca. Ainda tem ingressos, que podem ser adquiridos diretamente na bilheteria.

Dica 2: recomenda-se roupas leves, já que o dia é longo, cansativo, se caminha muito, além do fato de ter muito esfrega-esfrega involuntário – ah, e não esqueça do desodorante. Todos agradecem.

Transporte

Apesar de ser bem retirada, a São Paulo Expo não tem acesso difícil. A linha azul do metrô leva até boa parte do percurso – a última estação é Jabaquara. Logo na saída dela, já há pessoas identificadas do evento apontando para onde há os ônibus que servem de translado até o local, sem cobrar nada. Por conta do grande fluxo de pessoas, às vezes a espera para pegar o transporte pode levar até 50 minutos (!), como foi o meu caso na volta. Não recomendamos fazer o trajeto a pé do evento até o metrô à noite. Porém, durante o dia, da estação até a São Paulo Expo, o percurso é tranquilo, feito em menos de 20 minutos em passos largos.

O local também conta com estacionamento, caso alguém deseje ir de carro ou moto. Para automóveis, o preço é de R$ 35.

Organização

Aparentemente, a impressão é que o evento viu os erros que cometera no ano passado e já os corrigiu neste ano. Apesar de uma ou outra reclamação, o sistema de retirada de credenciais ficou bem mais organizado, bem como o local onde fica a fila para o auditório principal, que em 2014 acaba tirando um bom espaço para circulação e agora fica situado em um pedaço que não incomoda ninguém. Além disso, os funcionários, de maneira geral, parecem bem mais instruídos do que na edição anterior. Só falta ainda um pouquinho mais de capricho na questão de organizar o embarque do translado, porém, é compreensível as manobras feitas pelas longas filas devido à grande demanda.

Por Rodrigo Ramos

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