Previamente Entrevista | Paulo Ricardo

Cantor fala do cenário do rock, motivação para continuar e novo disco do RPM

O RPM dispensa muitas apresentações. A banda, que se apresentou em Balneário Camboriú durante o carnaval, é responsável por grandes hits do rock nacional dos anos 80, como “Entre a Cruz e a Espada”, “Loira Gelada” e “Olhar 43”. O grupo de Paulo Ricardo e Luiz Schiavon está na ativa desde 2013, quando lançou o disco Elektra, marcando o retorno dos jovens senhores aos palcos.

Neste ano, banda se prepara para lançar um novo álbum, com a produção de Lucas Silveira, da Fresno. Para saber mais disso e o que eles estão achando da nova cena do rock, conversamos com o líder e vocalista da banda, Paulo Ricardo.

Vocês tocaram recentemente em um show na praia de Balneário Camboriú. Há diferença de tocar em uma praia ou em lugar fechado?
Paulo Ricardo: Não há diferença pra gente. Gostamos de estar juntos no palco, seja qual for o evento ou o local.

Como vocês veem o rock nacional de hoje em dia?
PR:
O rock nacional evoluiu em alguns pontos e involuiu em outros. Mas isso também aconteceu com o rock internacional. Ele não é mais tão relevante, neste momento, quanto já foi. Da nova geração, por exemplo, posso citar duas bandas que acho bem interessante e gosto do trabalho que fazem: Vanguart e Mombojó.

http://https://www.youtube.com/watch?v=BuzUsWwGxuw

Eu vejo o cenário hoje com otimismo. Os festivais e as turnês dos grandes nomes do rock continuam a todo vapor e novas bandas surge a cada dia. Ao mesmo tempo, as bandas clássicas vão se consolidando como parte da MPB. O rock tem uma enorme capacidade de adaptação. Rock’n Roll can never die!

O que esperar do novo álbum de vocês e como se atualizar com esse disco pra ganhar um público mais jovem?
PR:
Vamos lançar um álbum só de inéditas, provavelmente em abril. Estamos já finalizando. Desde o lançamento o Elektra, temos sido surpreendidos com a presença de uma galera mais jovem também, de 15 e 16 anos. Claro que nosso público da década de 80 também comparece e essa mistura nos deixa muito feliz. Não pensamos em fazer uma música pra ganhar um determinado público, tudo é consequência de um bom trabalho. 

Como é ser produzido pelo Lucas Silveira?
PR:
Foi muito importante para nós. O RPM sempre inovou em cada disco, sempre buscou algo frente. E o Lucas só trouxe mais modernidade ainda para o nosso trabalho.

O que quer dizer Deus Ex Machina, nome do seu novo álbum?
PR:
Ainda é surpresa…disco em breve estará lançado.

Como foi ter feito o tema de abertura de um programa tão polêmico e controverso como o Big Brother Brasil?
PR:
É uma honra para nós. Curtimos muito ter começado com o programa, em 2002, e fazer parte até hoje. Não temos qualquer ligação com o conteúdo do programa. Nosso reconhecimento é saber que a nossa versão foi eleita a melhor do mundo pela Endemol.

Na sua carreira solo, você fez músicas mais românticas do que com o RPM. Qual estilo você prefere tocar?
PR:
Não tenho preferência. Cada projeto é diferente. Mas o RPM é sempre prioridade.

Vocês já se consagraram nas mais diversas áreas da música. Como se manter motivado para continuar lançando músicas novas?
PR:
Nós gostamos do que fazemos. Estamos em nossa melhor fase no palco, tínhamos certeza do que queríamos quando resolvemos voltar Estamos maduros, mais velhos, mas com o mesmo tesão de subir no palco.

No final de cada entrevista sempre pedimos para o artista indicar uma música que esteja ouvindo e o tem inspirado bastante. Qual seria a sua?
PR:
Nessa fase de produção do disco, é complicado escolher uma música só. Beatles, Rolling Stones são sempre inspirações.

O Previamente tomou a liberdade de escolher uma música de cada uma das bandas citadas.

Por Dinho de Oliveira

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