Dylan surpreende em trabalho diferente de todos os outros
Este humilde colunista que vos escreve é um fã confesso de Frank Sinatra e seus derivados, como Michael Bublé e Robbie Williams. Pra mim, os dois eram os únicos capacitados o suficiente para fazer cover das genialidades românticas e poéticas de Sinatra. Me enganei. Bob Dylan me fez entender uma coisa: ele faz o que ele quiser com a música que ele quiser. Deixo aqui meu pedido de desculpas ao senhor, ou sorry bro, caso você realmente leia esse artigo.
O dono do hit “Blowin In the Wind” está cada vez mais com o timbre de um fumante, mas não tira toda a fineza e paixão em sua voz neste novo trabalho, em que ele interpreta grandes sucessos e algumas raridades de Sinatra.
Trocamos todas aqueles instrumentos de orquestra, tocados por anjos na mão de Sinatra, por poucos metais e guitarras de Dylan, toda a pomposidade da voz de Frank, pelas desafinações de Bob, e temos um trabalho que sai como favorito a estar nos melhores discos do ano,.
Al Schmitt se encarrega da produção e da engenharia de som do disco, com Bob gravando tudo de uma só vez, em poucas tomadas, no melhor estilo Dylan de ser. Mesmo com imperfeições durante algumas faixas em que podemos ouvir o cantor parar e respirar na passagem de uma estrofe para a outra, a sua verdade e sofrimento como em “Stay With Me” perdoa tudo isso.
No fim, temos um disco para aqueles de mente aberta e que amam se servir em buffet de amor e emoções de sobra.
Mesmo com imperfeições durante algumas músicas aonde podemos ouvir o cantor parar e respirar na passagem de uma estrofe a outra a sua verdade e sofrimento como em Stay With Me, perdoa isso tudo.
No fim, temos um disco para os de mente aberta que amam se servir em buffet de amor e sentimento com sobra.
